Estudantes de "Geologia" do Pará realizam trabalho de pesquisa em Várzea Alegre


Cenário de pesquisas, de observação geológica, assim está sendo a região varzealegrense pelos estudantes de geologia do Belém de Pará. Hospedados em uma pousada da cidade desde o último dia 19 de março, os estudantes são da Universidade Federal do Para – UFPA e não estão no município pela primeira vez, o primeiro contato foi em 2014.

O professor da disciplina, Roberto Viseu, disse que muitas rochas foram encontradas no município, algo diferente na região onde reside, esse foi um motivo principal para a visita. “Nós estamos vindos frequentemente, praticamente uma ou duas vezes por ano aproveitando as condições da região que mostram muitas rochas e são muito boas para a gente estudar. Então, a gente aproveita dessa condição, por que lá de onde a gente vem do Pará a gente não tem tanta rocha assim expostas em função das chuvas, florestas.” Disse.

São dois grupos de dose alunos, havendo revezamento entre ambos, um grupo retornou para a terra natal nessa manhã de quinta-feira, 23, e um já chegou para dá início o mesmo trabalho. Eles realizam trabalhos de mapeamentos, estudos das rochas.  

Um dos pontos explorados e chamativos pelos geólogos é a região onde está localizado o ‘Instituto de Ensino Sátiro Siebra’ no Bairro Riachinho, para eles lá existem várias rochas metamórficas. “Ali é um lugar excelente, aquele corte que foi feito, praticamente na entrada da escola, ele expõe uma série de rochas metamórficas, rochas ígneas, e o corte é novo, excelente, extremamente didático. Então, nós levamos os alunos pra lá, eles medem fazem medidas dos afloramentos, das rochas, medem posições das rochas, fazem os desenhos, fazem pequenos mapas com se estivessem fazendo um treinamento de um profissional geólogo, mas, só que iniciando, né, aproveitando as condições, a gente faz esse treinamento para na verdade preparar os alunos para daqui a três, quatro anos, se tornarem profissionais de geologia.” Disse.

O professor deixou claro que virá mais vezes para a cidade no intuito de realizar mais estudos e enalteceu a receptividade dos varzealegrenses.

Para o aluno Daniel Telis, a área da Amazônia de onde vieram, os afloramentos onde fazem as pesquisas geológicas, são muito encobertos pela capa vegetal, diferentemente da cidade de Várzea Alegre. “A gente precisa de locais onde a gente consiga ver, consiga visualizar esses afloramentos. E o nordeste por si só, ele já traz essa abertura, tem lugares que essas localidades elas não são encobertos e Várzea Alegre por exemplo, ela traz consigo, a gente consegue ver bastante a questão da geologia estrutural, que é essa disciplina que a gente veio fazer, o trabalho de campo, a gente consegue ver como se deu a movimentação de falhas por exemplo,  que é uma parte especifica da geologia estrutural, assim como dobras, aí a gente consegue, é facilitado pra gente essa área de Várzea Alegre.”  


O jovem disse que é feito um relatório, um desenho e é mostrado em sessões e perfis todo o processo observado. Ele também elogiou o acolhimento da população para a sua turma.